Livro do Mês
O livro desse mês tem uma história surpreendente e é por isso que eu estou tão apaixonada por ele. Dia 9 de julho esse enredo estará nas telas do cinema brasileiro. Sim, eu estou falando de Cidades de Papel, do nosso amado John Green. E como só pelo trailer eu já pirei, eu precisava ler o livro antes do filme estreair por aqui.
"Quanto mais eu trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos."
Quentin Jacobsen é vizinho da incrível Margo Roth Spielgeman desde a infância, pela qual ele tem uma paixão platônica. Quando crianças eles brincavam juntos, mas agora eles vivem em mundos diferentes, ele é apenas mais um nerd e ela a garota mais popular e bonita do colégio.
"Mas as coisas vão acontecendo… as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos… E nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. (…) Mas ainda há um momento entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros. "
Pelo trailer eu tinha a impressão de que o foco da história seria a paixão não correspondido de Quentin pela Margo, e a busca dele sobre o paradeiro mistérioso que ela tinha tomado após uma noite de aventuras malucas. Mas na verdade a história vai muito além disso, enquanto Margo esta em um lugar desconhecido a vida de todos no colégio começa a seguir em frente, até que Quentin encontra uma pista que supostamente foi deixada por ela para que ele, sim apenas ele, conseguisse descobrir seu destino. E durante essa busca, ele descobre o valor de ter verdadeiros amigos e o quanto essa aventura é na verdade uma descoberta sobre ele mesmo.
"Ir embora é uma sensação boa e pura, apenas quando você abandona uma coisa importante, algo que tem significado. Arrancando a vida pela raiz. Mas só se pode fazer isso quando sua vida já criou raízes.''
"Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente.guarda roupa planejado."
O que eu mais gosto nesse livro é que os personagens são bem reais (em algumas coisas a Margo e fantasiosa demais) e com dilemas como qualquer outro adolescente do mundo, desde de problemas com os pais, amigos, popularidade e até aquela insegurança que todos n
s temos. Você consegue identificar isso no livro. E isso é muito legal, pois você se coloca no lugar do personagem. Sem falar que você vai descobrir que muitas vezes procuramos nos outros tantas coisas sendo que na verdade precisamos procurar em nós mesmos.
"Mas eu não sou bonita, não de perto, pelo menos. Normalmente, quanto mais as pessoas se aproximam de mim, menos me acham atraente."
Tenho certeza que esse livro vai surpreender vocês, e que vai fazer que reflitam sobre o que realmente é importante nessa vida, e como muitas vezes precisamos nos perder para finalmente começar uma história.
"O para sempre é composto de agoras."
Espero que esse livro faça muita diferença na vida de vocês assim como fez na minha. Sério, ele me fez enchergar algumas coisas por um ponto de vida muito diferente. Então obrigada Margo, obrigada Quentin e obrigada John. Corre que dá tempo de ler antes do filme estrear. Beijos <3
"Em algum lugar eu paro e espero você."